"Fora lavar a cabeça, dissera, pra ver se pesadelo sai com água também". (página 48)

 

Itálio é o segundo filho de Vitória, mas o primogênito homem. Fora esposo de Carolina, o grande amor de sua vida, que morrera pouco tempo depois do casamento. Perda essa, aliás, da qual Itálio nunca conseguiu recuperar-se. Todos os “quês” e “porquês” de sua vida têm novos caminhos a partir disso. Antes moço desejado e querido, vê sua alegria ceifada pela ausência da esposa. Procura em outras mulheres o amor que Carolina levara consigo, mas nada que lhe tirasse o profundo desgosto diante da vida e da morte da primeira esposa. Julgou achar carinhos semelhantes em Maria, mas seu ardor pela volta de Carolina o inibia de senti-la por completo. Vê-se impedido de ter amor pela nova mulher, ou qualquer outra, mesmo que ela lhe dedique todos os seus cuidados. Itálio, então, cada dia mais definha. Por fim, decide que sofre do Mal do Desamor, que o atrapalha os sentimentos e em livrar-se da mortalha de Carolina que carrega tecida na alma.

Quando decidido o nome de seu mal, recorre à Anariana em busca de ajuda, e mesmo através desses dias de chuva, que de alguma forma parecem puxá-lo ainda mais para seu abismo doentio, ele concentra suas forças em manter-se são pela mulher que lhe divide a vida agora. Da mesma forma que tenta ser cuidadoso para com Maria, assim também como fora para Carolina, ele o é para com seus irmãos, lamentando suas partidas e os secando da chuva. Apesar de tentar, Itálio está parado no tempo muito antes daquele no qual se passa a história, findando precocemente, mesmo que maduro.